O
jogo na ação lúdica infantil
As interações sociais que a
criança estabelece no decorrer da atividade lúdica são fundamentais para seu
desenvolvimento. Durante estas trocas, a criança tem oportunidade de assumir
diversos papéis e colocar-se no lugar do outro.
Os objetos e/ou brinquedos
com os quais a criança brinca podem ser de elementos simples da natureza até
sofisticados brinquedos.
Esses objetos aparecem em
diferentes contextos no cotidiano infantil: na família, nas instituições
educacionais, no contexto psicológico. Em cada um deles, um brinquedo pode ser
visto como objeto de solidão ou consolação; como objeto que estimula a
autonomia ou que potencializa socialização da criança no coletivo.
As brincadeiras têm um
impacto próprio e são, ao mesmo tempo, veículos da inteligência e da atividade
lúdica. Elas constituem um “eco” dos padrões culturais dos diferentes contextos
socioeconômicos. Assim, o jogo/brincadeira é visto como forma de o sujeito
violar a rigidez dos padrões de comportamento sociais da espécie, pois o
jogo/brincadeira, ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de
familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão e perigo, favorece a
aprendizagem de normas sociais.
A conduta lúdica da criança
apresentada através do jogo oferece oportunidades para experimentar comportamentos
que em situações normais não seriam possíveis.
Aponta a potencialidade da
brincadeira para a descoberta de regras e aquisição da linguagem. Ao repetir a brincadeira
nos contatos interativos com adultos, a criança descobre a regra, ou seja, a
sequência de ações que compõem a modalidade do brincar e não só repete essas
ações, mas toma iniciativa, alterando sua sequência ou introduzindo novos elementos.
Ao descobrir regras a
criança aprende: a falar; iniciar a brincadeira e alterá-la. Assim, as
brincadeiras de esconder são relevantes para o desenvolvimento cognitivo,
estimulam a aprendizagem da linguagem e a solução de problemas.
Ao brincar, a criança não
está preocupada com os resultados. É o prazer e a motivação que impulsionam a
ação para explorações livres. Em situações de brincadeiras a criança desenvolve
a intencionalidade e a inteligência. O saber fazer e enriquecido com a parceria
dos adultos.