quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O jogo na ação lúdica infantil


O jogo na ação lúdica infantil

As interações sociais que a criança estabelece no decorrer da atividade lúdica são fundamentais para seu desenvolvimento. Durante estas trocas, a criança tem oportunidade de assumir diversos papéis e colocar-se no lugar do outro.
Os objetos e/ou brinquedos com os quais a criança brinca podem ser de elementos simples da natureza até sofisticados brinquedos.
Esses objetos aparecem em diferentes contextos no cotidiano infantil: na família, nas instituições educacionais, no contexto psicológico. Em cada um deles, um brinquedo pode ser visto como objeto de solidão ou consolação; como objeto que estimula a autonomia ou que potencializa socialização da criança no coletivo.
As brincadeiras têm um impacto próprio e são, ao mesmo tempo, veículos da inteligência e da atividade lúdica. Elas constituem um “eco” dos padrões culturais dos diferentes contextos socioeconômicos. Assim, o jogo/brincadeira é visto como forma de o sujeito violar a rigidez dos padrões de comportamento sociais da espécie, pois o jogo/brincadeira, ao ocorrer em situações sem pressão, em atmosfera de familiaridade, segurança emocional e ausência de tensão e perigo, favorece a aprendizagem de normas sociais.
A conduta lúdica da criança apresentada através do jogo oferece oportunidades para experimentar comportamentos que em situações normais não seriam possíveis.
Aponta a potencialidade da brincadeira para a descoberta de regras e aquisição da linguagem. Ao repetir a brincadeira nos contatos interativos com adultos, a criança descobre a regra, ou seja, a sequência de ações que compõem a modalidade do brincar e não só repete essas ações, mas toma iniciativa, alterando sua sequência ou introduzindo novos elementos.
Ao descobrir regras a criança aprende: a falar; iniciar a brincadeira e alterá-la. Assim, as brincadeiras de esconder são relevantes para o desenvolvimento cognitivo, estimulam a aprendizagem da linguagem e a solução de problemas.
Ao brincar, a criança não está preocupada com os resultados. É o prazer e a motivação que impulsionam a ação para explorações livres. Em situações de brincadeiras a criança desenvolve a intencionalidade e a inteligência. O saber fazer e enriquecido com a parceria dos adultos.